Bolsonaro não quer errar na escolha do novo ministro da Educação
Segundo aliados do presidente, questão não é de currículo mas de aceitação por parte das diferentes alas do governo


A cotados para o cargo de ministro da Educação, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não pode errar novamente” e agradeceu pelo interesse. A questão não é de currículo mas de aceitação por parte das diferentes alas do governo. Daí o quão delicada é essa decisão.
Bolsonaro afirmou que define o nome hoje, mas, ao mesmo tempo, há vários auxiliares com a avaliação de que o presidente deveria esperar um pouco mais. Um desses auxiliares, que acompanha as idas e vindas no Ministério da Educação, defendeu à CNN que Bolsonaro poderia aproveitar o período de quarentena, por causa do coronavírus, para refletir mais, o que ele chamou de “a tal solidão necessária” para o presidente olhar para os diferentes lados antes de decidir.
Leia mais:
Disputa para o MEC se afunila e crescem apostas no líder do governo
Em live, Bolsonaro fala em indicar nome para o MEC na sexta e critica Facebook
O deputado federal Vitor Hugo, que é líder de governo, é apontado como um “queridinho” de Bolsonaro. Mas a indicação dele também é vista, no meio político, como uma cortina de fumaça, enquanto o presidente faz entrevistas com outros cotados.
Apesar disso, Vitor Hugo participa hoje de uma videoconferência com deputados que discutem a renovação do Fundeb, o fundo da educação básica, que se encerra no fim de 2020 se nada for feito. Este assunto será uma das principais tarefas do novo ministro, qualquer que seja o escolhido.
Aristides Cimadon, um dos cotados bolsonaristas, que esteve em Brasília para se encontrar com Bolsonaro já retornou à Santa Catarina – o que sinalizou, para aliados, que ele está fora do páreo.
Como termômetro da indefinição, a lista continua a ganhar novos nomes. Todos seguem um único mantra, “Bolsonaro é imprevisível”.