Câmara discute permitir compra de vacinas por associações de classe
Relatora do projeto, a deputada Celina Leão (PP-DF) cita associações de juízes e promotores como interessadas em adquirir imunizantes
A Câmara dos Deputados deverá permitir que associações de classe possam comprar vacinas contra o coronavírus.
A informação foi confirmada á CNN pela deputada Celina Leão (PP-DF), relatora da proposta que discutirá nesta semana a flexibilizar da compra de vacinas por parte do setor privado.
“O relatório vai permitir que associações de classe possam comprar vacinas. Há muitos pedidos de juízes e procuradores, por exemplo, para que isso possa ocorrer”, disse.

A CNN procurou a Associação dos Magistrados Brasileiros que confirmou ter tratado com a deputada sobre o assunto, mas disse que não formulou nenhum pedido. A Associação Nacional dos Procuradores do Ministério Público disse não ter feito nenhum pedido sobre o assunto a nenhum parlamentar.
Segundo ela, existirão a partir do projeto três filas de vacinação: 1) SUS 2) Setor privado 3) associações de classe.
A regra que a proposta terá será de que para cada vacina comprada uma seja doada ao SUS. Na prática, a regra flexibiliza um projeto que o Congresso já aprovou mas que não deu certo na prática: o de que o setor privado poderia comprar mas só poderia utilizar as vacinas após todo o grupo prioritário brasileiro -– estimado em 77 milhões de pessoas –- fosse vacinado.
Celina disse à CNN que essa trava acabou inviabilizando a compra por parte do setor privado, uma vez que a estimativa é que apenas em setembro todo o grupo prioritário seja vacinado. Procurado, o Ministério da Saúde nao se manifestou sobre a proposta.