Moro troca farpas com Ciro sobre fim de motim de PMs no Ceará
Ministro da Justiça recebeu apoio do presidente Bolsonaro: 'Não somos psiquiatras'


Depois do fim do motim de policiais militares no Ceará, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), trocou farpas com o ex-governador do estado Ciro Gomes (PDT-CE) pelo Twitter.
Os dois discutiram quem seria, de fato, responsável pelo fim da revolta dos policiais: o governo federal ou comissão liderada pelo governador Camilo Santana (PT), aliado de Ciro.
Na manhã desta segunda-feira (2), Ciro compartilhou em sua conta coluna do jornalista Reinaldo Azevedo publicada no portal UOL que fazia duras críticas ao ministro pela forma como a crise na segurança pública do estado foi conduzida.
Além do link para o texto, o ex-governador escreveu: “Aprende, Bolsonaro e seu capanga Moro: no Ceará está o seu pior pesadelo! Generais, aqui manda a Lei!”. Ciro também tuitou um vídeo horas depois no qual defende que ninguém fez tanto pela segurança pública do Ceará como seu irmão Cid Gomes (PDT), que comandou o estado de 2007 a 2015, e o atual governador petista.
Horas depois, Moro defendeu a atuação do governo federal na resolução do motim.
“A crise no Ceará só foi resolvida pela ação do Governo Federal, Forças Armadas e Força Nacional que protegeram a população e garantiram a segurança. Explorar politicamente o episódio, ofender policiais ou atacá-los fisicamente só atrapalharam. Apesar dos Gomes, a crise foi resolvida”, escreveu o ministro.
Em uma segunda mensagem, Moro fez menção à atuação federal em uma onda de ataques criminosos, em janeiro de 2019, causados por uma facção criminosa em reação a mudanças na política de segurança no estado. As ações resultaram na prisão de 466 suspeitos e terminaram com três mortos e quatro feridos.
Apoio
O ministro também recebeu apoio no Twitter do presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, que publicaram mensagens críticas a Ciro Gomes. “Não somos psiquiatras! Parabenizo o Ministro Moro e envolvidos!”, afirmou o presidente.
Pouco depois, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também saiu em defesa de Moro. Ele disse que o governo “bota a segurança dos brasileiros acima de questões partidárias”. “A verdade é que governantes do Ceará faliram a segurança pública por lá”, acusou.