Deputados pedem que Witzel seja investigado por dar escolta a Paulo Marinho

Grupo aliado ao presidente Jair Bolsonaro afirma que governador do Rio cometeu improbidade administrativa

Um grupo formado por sete deputados estaduais do Rio de Janeiro, apoiadores fiéis do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi ao Ministério Público pedir que o governador Wilson Witzel seja alvo de uma investigação por conceder proteção policial ao empresário Paulo Marinho. Os parlamentares entendem que Witzel cometeu improbidade administrativa ao conceder “segurança privada utilizando-se de órgão público” para o empresário.

No último final de semana, Marinho pediu proteção policial após denunciar que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) teve informações privilegiadas sobre uma investigação da Polícia Federal.  As informações deram origem a duas investigações, na PF e no Ministério Público Federal, e o empresário foi ouvido nos últimos dois dias.

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No pedido apresentado ao Ministério Público, os deputados anexaram uma foto de uma viatura da Polícia Militar em frente ao local em que Paulo Marinho mora, no Jardim Botânico bairro nobre do Rio de Janeiro. Além disso, os parlamentares também colocaram imagens de postagens feitas por Witzel e Marinho nas redes sociais sobre o assunto.  A Polícia Militar confirmou à CNN que reforçou o policiamento nas proximidades da casa do empresário, conforme determinação de Witzel, e que carros da PM continuam lá. Assinam o pedido de investigação os deputados Alana Passos, Anderson Moraes, Felipe Poubel, Fernando Salema, Márcio Gualberto, Renato Zaca e Doutor Serginho.

O tema da escolta policial é um dos que opõem os bolsonaristas e o governador do Rio. Em novembro de 2019, Witzel tentou retirar os policiais que faziam segurança de alguns deles, que relataram ter sofrido ameaças de morte, mas a Justiça do Rio reverteu a decisão.

Em entrevista à CNN na quinta-feira (21), o governador Wilson Witzel negou que tenha dado escolta policial ao empresário Paulo Marinho. Segundo ele, Marinho fez “graves denúncias” envolvendo a Polícia Federal e o senador Flávio Bolsonaro, mas que, se ele precisar de proteção, terá que pedir entrada no programa de testemunhas do governo.

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