‘É importante que a PGR mantenha sua autonomia de atuação’, diz Maia

Augusto Aras reabriu inquérito que investiga supostos repasses de caixa dois da OAS a Maia, com base na delação premiada de funcionários

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, acredita que a reabertura do inquérito sobre um suposto caixa 2 envolvendo o seu nome, pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, não tenha sido uma decisão política. “Espero que não tenha sido o caso”, afirmou Maia, durante uma live organizada pelo jornal Valor Econômico, nesta segunda-feira (2).

A informação da reabertura do inquérito foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela CNN. O inquérito, que corre em sigilo, investiga supostos repasses de caixa dois da OAS a Maia, com base na delação premiada de funcionários do setor de contabilidade paralela da empreiteira.

Leia também: 
Maia apoia Paulo Guedes na defesa do teto de gastos
PGR reabre inquérito contra Rodrigo Maia

Rodrigo Maia defendeu que “o procurador tem tido uma posição correta” e que “é importante que a PGR mantenha sua autonomia de atuação”. Disse que “seria grave, seria muito ruim” se a decisão tivesse sido política, por causa da influência do deputado em sua sucessão no comando da Câmara.

“Como eu acredito nas instituições democráticas, acredito no judiciário, acredito que rapidamente esse inquérito reaberto quase um ano e meio depois de concluído, esse inquérito voltará a ser arquivado”, concluiu Maia.

Em setembro do ano passado, o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, decidiu arquivar trechos da delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro que mencionavam o presidente da Câmara dos Deputados, e ministros de tribunais superiores.

Tópicos