Escritório da primeira-dama também é alvo de operação no Rio

Segundo a PF, há indícios de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha

A Operação Placebo, desencadeada nesta terça-feira (26) para apurar indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública do coronavírus no Rio, também tem como alvo o escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel.

Além do escritório, agentes estão na residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC), na zona sul da capital fluminense, na casa em que o mandatário morava antes de assumir o governo Rio e ainda no Palácio da Guanabara, sede oficial do governo fluminense.

Segundo a PF, há indícios de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro.

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Agentes cumprem 12 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo e no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, os agentes vasculham a sede da Organização Social IABAS, que celebrou contrato de R$ 850 milhões com o governo do Rio para implantação de hospitais de campanha no Estado.

As ordens foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça – em razão das menções a Witzel, que tem foro privilegiado. Em nota, a Polícia federal informou que foram compartilhadas com a Procuradoria-Geral da República, dentro da investigação em curso no STJ, provas obtidas durante as investigações iniciadas no Rio de Janeiro pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal.

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados. O espaço está aberto para manifestações.

Com informações do Estadão Conteudo.

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