Legislativo vê projeções de Guedes com ressalvas, diz cientista político
Murillo de Aragão diz que o ministro da Economia, Paulo Guedes, será cobrado por melhores resultados a partir do fim da pandemia
Com a queda de 9,7% do Produto Interno Bruto brasileiro no segundo trimestre deste ano, a CNN entrevistou o cientista político Murillo de Aragão, da Arko Advice, para entender quais podem ser os efeitos políticos do resultado negativo. Segundo ele, ainda não se pode cravar a projeção de recuperação da economia em “V” previsto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Isso é parte da narrativa do ministro, que está em seu papel dele de estimular essa narrativa, porém o Legislativo ainda vê essa previsão com ressalvas”, disse.
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Aragão diz que, por enquanto, o Brasil ainda vive sob a pandemia, e que isso alivia a cobrança por melhores resultados econômicos, mas isso deve mudar conforme seja confirmada a vacina e o retorno para a normalidade.
Questionado se o resultado da economia no segundo trimestre já enfraquece o ministro da Economia, Aragão diz que a comparação com outros países está a favor de Guedes.
“O resultado não ajuda o ministro, que tem a seu favor o fato de que os números poderiam ser piores e que o Brasil se saiu melhor que algumas economias. Dentro do governo se espera resultados melhores, então a pressão vai continuar.”
