MDB antecipa escolha de candidato à presidência do Senado após avanço de Pacheco
Partido pretende ir ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em busca de neutralidade do governo na disputa
Diante das movimentações do candidato Rodrigo Pacheco (DEM-MG) pela presidência do Senado, o MDB quer antecipar a definição do nome que pretende lançar na disputa.
A bancada se reunirá na próxima quinta-feira, 14, em busca de um consenso. A expectativa é para que o encontro já tenha a participação de dois novos filiados: os senadores Veneziano Vital do Rego (PB) e Rose de Freitas (ES).
Em paralelo, uma ala do partido, dono da maior bancada da Casa, ainda tenta atuar para garantir uma posição de neutralidade do Palácio do Planalto. A ofensiva é encabeçada pelos dois líderes do governo, senadores Eduardo Gomes (MDB-TO) e Fernando Bezerra (MDB-PE), que têm um novo encontro agendado com o presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (8).
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Apesar do esforço, segundo relatos feitos à CNN, o presidente tem emitido sinais de que estaria fechado com o nome de Pacheco, já que o fiador da candidatura é o atual mandatário do Senado, Davi Alcolumbre, do DEM. O nome também conta com o respaldo, nos bastidores, do senador Flavio Bolsonaro, do Republicanos.
Se a configuração for mantida, a leitura de uma parte da bancada é que só restará ao MDB ir para a disputa com um candidato que represente maior independência em relação ao Executivo. Nessa direção, dois nomes são cogitados: Simone Tebet e Eduardo Braga.
Nos cálculos de emedebistas, o cenário ideal para viabilizar a candidatura é iniciar a campanha com o apoio do bloco formado pelo Podemos e o PSDB, que soma 17 parlamentares.

As siglas têm reunião marcada para a próxima sexta, dia 15. Os tucanos, com sete senadores, já indicaram que pretendem seguir o princípio da proporcionalidade e apoiar o nome da maior bancada da Casa.
Outro apoio considerado estratégico para o MDB é o do Progressistas, com 7 senadores. A cúpula da sigla avalia a possibilidade, e deve tomar uma decisão até semana que vem. Dentro da bancada, há uma preferência pelo nome de Braga, líder do partido no Senado, que mantém conversas com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira.