Ministério da Saúde justifica post sobre isolamento: ‘Erro humano’

Perfil oficial do governo publicou e depois apagou recomendação a adoção do isolamento social amplo

O Ministério da Saúde divulgou nota na noite desta quarta-feira (18) para explicar o episódio da mensagem publicada — e posteriormente apagada — que tratava de medicamentos e medidas contra a Covid-19, como o isolamento social e o uso de máscaras de proteção individual.

O perfil oficial do Ministério respondeu a uma seguidora com um texto que afirmava que não há remédios ou vacinas eficazes contra o novo coronavírus e que recomendava a adoção do isolamento social amplo, criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com o posicionamento oficial, a publicação foi “um erro humano que já foi corrigido”.

“A pasta reforça a importância do atendimento precoce contra a Covid-19 e medidas de prevenção, como a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel e de máscaras, até que seja encontrada uma solução efetiva para atender a população e evitar o risco de contágio”, diz a nota oficial, sem citar o distanciamento social.

Segundo apurou o âncora da CNN Caio Junqueira, a mensagem foi redigida durante a gestão do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, dentro de um programa chamado Saúde sem Fake News, que respondia online a dúvidas do público.

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A defesa do isolamento era uma das teses defendidas por Mandetta no manejo da pandemia da Covid-19. Esse foi um dos pontos de atrito entre o então ministro e o presidente, que resultou na sua saída do cargo no mês de abril.

Novo tweet

Após apagar a publicação original, o Ministério da Saúde deu uma nova resposta à seguidora.

Na nova sequência de mensagens, o Ministério da Saúde diz que “as pessoas que estão fora do grupo de risco e as crianças devem continuar suas atividades normais, com os cuidados recomendados pelos protocolos”.

“As pessoas que estão no grupo de risco e os idosos devem se precaver e evitar o contato com o público”, escreveu o governo. Sem tratar da parte da publicação original que diz que não há remédio ou vacina eficaz contra a Covid-19, o Ministério apenas recomenda que os pacientes utilizem os medicamentos receitados e busquem tratamento precoce.

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