Ministro nega que Bolsonaro o nomeará para comandar Exército: ‘Hipótese absurda’
General Ramos estava cotado para assumir a chefia da força por ser mais próximo ao presidente do que o atual comandante, Edson Pujol


Um dos ministros mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, chamou de “hipótese absurda” a especulação de bastidores de que pudesser nomeado para assumir o comando do Exército. Ramos é general da ativa e, portanto, estaria apto a assumir o posto.
A informação, noticiada neste domingo (3) pelos jornais “Folha de S.Paulo” e “Correio Braziliense”, dava conta de que o presidente Jair Bolsonaro estaria descontente com o general Edson Pujol, comandante do Exército desde janeiro de 2019, por este defender o distanciamento social contra o coronavírus e ser visto como um nome pouco alinhado ao Planalto. De acordo com os veículos, o nome de Ramos despontaria por ser próximo ao presidente.
“O presidente Bolsonaro nem em pensamento tratou disso comigo”, disse o general, questionado por jornalistas nesta segunda-feira (4), em entrevista coletiva. Ramos afirmou que respeita o critério de antiguidade da força e que portanto, mesmo que Pujol saísse, não aceitaria o cargo por que seria desmoralizado “ultrapassando cinco mais antigos com uma indicação política”.
Assista e leia também:
Novo diretor-geral da PF troca superintendente no Rio de Janeiro
Ao STF, defesa de Moro pede divulgação integral de depoimento
Ao lado de Ramos, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, afirmou que o governo repudia as agressões a jornalistas que ocorreram no protesto deste domingo na Praça do Três Poderes, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro. Vídeo mostra o momento em que o presidente foi informado, durante a manifestação, de que estavam tentando
Diante das informações sobre as agressões, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que os relatos são graves e pediu que estes sejam investigados. As agressões foram repudiadas por entidades e autoridades dos três poderes.