Parlamentares do DF entram com queixa-crime contra Bolsonaro por passeio

Na ação, os partidos afirmaram que o comportamento e pronunciamentos contrariam diametralmente orientações do próprio Ministério da Saúde e da OMS

Sete partidos de oposição do Distrito Federal apresentaram nesta terça-feira (31) uma notícia crime à Justiça Federal de Brasília contra o presidente Jair Bolsonaro por crime comum ao ter supostamente colocado em risco a saúde da população descumprindo orientações das autoridades sanitárias e sair para um passeio pelo Distrito Federal na manhã de domingo.

Na ação, os partidos afirmaram que o comportamento e pronunciamentos contrariam diametralmente orientações do próprio Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial de Saúde) para o combate eficaz à pandemia do coronavírus Covid-19, com isso incentivando atitudes e práticas contrárias àquelas orientações e ao conhecimento científico, e colocando em risco a vida de centenas de milhares de pessoas.

“Ao contrariar o acervo de conhecimentos científicos dos epidemiologistas, que embasaram as recomendações da OMS, e as recomendações do próprio Ministério da Saúde de seu governo, o presidente coloca em risco, portanto, a vida e a integridade da saúde de centenas de milhares de brasileiros, podendo ser responsabilizado pela morte de meio milhão de pessoas a mais, que seria possível evitar se tais recomendações fossem seguidas estritamente.

Segundo os partidos, é preciso impedir que o presidente Jair Bolsonaro continue a apregoar a desobediência às recomendações da OMS e do Ministério da Saúde, e a divulgar teses esdrúxulas como a de “isolamento vertical”, o isolamento parcial, apenas dos idosos e dos cidadãos em situação de risco de letalidade se expostos ao coronavírus.

“Tese sem nenhuma fundamentação científica e que, se adotada levaria a um índice de mortalidade ampliado em cerca de 500 mil vítimas no Brasil. E não se diga que ele age a coberto de seu direito à Liberdade de Expressão, que constitui um princípio fundador do Estado Democrático de Direito”, disseram na ação.

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