Planalto aposta em silêncio de Queiroz no depoimento sobre vazamento de operação

Assessores de Bolsonaro temem que ex-assessor de Flávio Bolsonaro faça um acordo de delação premiada no caso das rachadinhas

 

Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Palácio do Planalto esperam que o ex-assessor Fabrício Queiroz fique em silêncio no depoimento que prestará nesta segunda-feira (29) à Polícia Federal. 

Queiroz será ouvido na investigação que apura suspeita de vazamento de uma operação da corporação que acabou beneficiando o agora senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Assessores presidenciais ressaltam que Queiroz se recusa a prestar depoimento desde o início da investigação das rachadinhas, ainda em 2018, e que não será agora, preso, que falará.

A previsão é de que Queiroz seja ouvido pela PF nesta segunda-feira na condição de testemunha, o que o obrigaria a falar a verdade. Somente quem é ouvido como réu tem o direito a permanecer em silêncio.

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No Planalto, o temor é de que o ex-assessor de Flávio faça delação premiada. Na sexta-feira, (26), a CNN noticiou que Queiroz negocia um acordo em troca de proteção a seus familiares no processo.

A investigação sobre o suposto vazamento de uma operação da PF foi aberta após entrevista do empresário Paulo Marinho ao jornal “Folha de S. Paulo” em maio. 

Segundo Marinho, que é suplente de Flávio, o senador se beneficiou de informações passadas por um delegado da Polícia Federal, que teria avisado ao político que Queiroz aparecia nas investigações.

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