Randolfe Rodrigues defende contrapartidas no texto de ajuda para os estados

Em entrevista para a CNN, senador do REDE explicou que Alcolumbre tenta equilibrar desejos dos governadores com os desejos do Governo Federal

Diante das disputas políticas no meio da crise do coronavírus, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), afirmou em entrevista para a CNN que está trabalhando junto ao líder da casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para elaborar o texto de ajuda aos estados, que deve ser apresentado nesta quinta-feira (30).

“Relatório do Senado deve ter uma diferença do texto da Câmara, que muda o apoio financeiro de seis meses para quatro, além de prever o congelamento de reajuste salarial por 18 meses. Também sou favorável à existência de contrapartidas e prestação de contas por parte dos estados”, explicou Randolfe, que admite que o texto enviado por Rodrigo Maia (DEM-RJ) era muito favorável aos estados sem prever retribuições por parte deles.

Sobre o congelamento do reajuste, Randolfe disse ser favorável a analisar o que chamou de “absurdos” do funcionalismo público para ajudar no combate à pandemia e à crise financeira.

“Temos que fazer uma distinção. Há alguns absurdos que precisam ser atacados especialmente na elite do funcionalismo público, como o super teto, que conta com diversas benesses para estourar o teto previsto em lei. Não é aceitável que em momento de crise eles continuem a ter esses privilégios”.

Sobre suas divergências com o governo, o senador disse que o momento é de união, e que se expressou neste sentido para o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

“Manifestei para Guedes que mesmo sendo líder da oposição no Senado, este é o momento de união pelo Brasil. Ao que pese nossas diferenças e as crises criadas pelo governo, nós temos que ter mediação”.

 

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