Secretário do Consumidor, da Justiça, anuncia saída: ‘Compromisso era com Moro’
Luciano Benetti Timm disse à CNN que "compromisso pessoal era com Sergio Moro", que anunciou demissão no final da manhã


O secretário Luciano Benetti Timm, da Secretaria Nacional do Consumidor, que é ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirmou à CNN, nesta sexta-feira (24), que deixará o cargo após o pedido de demissão do ex-ministro Sergio Moro. A informação foi dada pelo âncora Daniel Adjuto, da CNN, nesta tarde, e depois confirmada pelo secretário em uma rede social.
“O cargo está à disposição ao novo ministro para que siga com a nova política que ele pretenda implementar. Meu compromisso pessoal era com Moro e os valores que ele representa”, disse Timm em mensagem enviada a Adjuto.
No Twitter, Timm manifestou solidariedade a Moro, disse que atendeu ao chamado dele “para servir ao país num projeto de aposta no combate à corrupção, a uma economia de mercado e numa nova política” e que deve ficar no cargo até “garantir uma transição segura a(o) meu (minha) sucessor (a)”
Minha absoluta e irrestrita solidariedade ao Ministro Moro. Atendi ao seu chamado para servir ao país num projeto de aposta no combate à corrupção, a uma economia de mercado e numa nova política.
Deixei em São Paulo minha família, meu escritório, meus amigos.— Luciano Timm (@LucianoTimm) April 24, 2020
Conheci gente nova, aprendi coisas diferentes, mas acima de tudo servi ao meu país ao lado de uma equipe técnica, comprometida e honesta.
Volto a fazer o que sempre soube, não sem antes garantir uma transição segura a(o) meu (minha) sucessor (a).— Luciano Timm (@LucianoTimm) April 24, 2020
Adjuto ainda informou que outras baixas devem ocorrer na alta cúpula do Ministério da Justiça após o anúncio de Moro.
As reações à demissão de Moro já ocorrem no mercado financeiro e levou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a marcar pronunciamento para a tarde desta sexta. Ele deve falar às 17h.
Leia também:
Sergio Moro pede demissão e acusa Bolsonaro de interferência na PF
Moro pede para sair e mercado especula quando será a vez de Guedes
‘Presidente não me quer no cargo’: as principais frases da demissão de Moro
Além disso, a força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, integrada por membros do MP, publicou nota de repúdio contra o que os procuradores classificam como “tentativas de interferência do presidente da República na Polícia Federal em investigações e de acesso a informações sigilosas”.
A manifestação do grupo se deu instantes após Sergio Moro pedir demissão do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, no final da manhã desta sexta-feira (24). A decisão de Moro foi motivada pela exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Mauricio Valeixo, publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta madrugada.