Sidney Rezende: Embaixador chinês deve ficar enlouquecido com crises do Brasil
No quadro Liberdade de Opinião, jornalista analisou discurso do presidente Jair Bolsonaro, em que sugeriu que a China criou o coronavírus em laboratório
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (6), Sidney Rezende repercutiu o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em que ele sugeriu que a China criou o coronavírus para se beneficiar economicamente, citando uma “guerra química”.
“O PIB da China cresceu 2,3%; do Brasil, encolheu 4,1%; os Estados Unidos também tiveram o PIB caindo para 3,5%; e o PIB da Alemanha, ficou 5% menor. De fato, a China, que contornou o seu problema em Wuhan rapidamente, acabou se beneficiando porque transformou-se também em fornecedora de vacinas, o que não abalou totalmente as estruturas econômicas e financeiras”, analisou Rezende.
“Nós já comentamos isso muitas vezes. A diplomacia não pede esse tipo de atitude. O discurso foi longo e dizem que teve orientação do vereador Carlos Bolsonaro, que teria dito ao presidente para pisar no acelerador. Isso cria rusgas e estremece as relações com a China, e o embaixador chinês no Brasil deve ficar enlouquecido porque dia sim, dia não, o presidente acalma e depois volta a atacar”, completou.
“O presidente gosta do confronto, mas tem consequências. Brigar com quem temos relações comerciais e num momento em que mais precisamos de paz no mundo… não é hora de beber sangria, mas sim de ficar conversando com seu interlocutor. Mas o sujeito vai lá e arruma briga, é um problema”, concluiu Rezende.
O Liberdade de Opinião tem a participação de Sidney Rezende e Alexandre Garcia. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

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