STF manda Bretas se manifestar em cinco dias sobre Operação E$quema S

De acordo com o Ministério Público Federal, os denunciados desviaram R$ 151 milhões do Sistema S, que inclui instituições como Sesc, Sesi e Senac

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, deu cinco dias para que o juiz federal Marcelo Bretas preste informações ao STF sobre a Operação E$quema S, que investiga advogados suspeitos de desviarem R$ 151 milhões da Fecomércio do Rio de Janeiro. O processo corre sob sigilo.

O ministro despachou dentro de uma ação de Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula. Segundo as investigações, ele é acusado de pressionar Orlando Diniz pelos pagamentos que teriam beneficiado seu escritório e outras bancas de elite.

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No dia 9 de setembro, a Polícia Federal deflagrou a Operação E$quema S para investigar um suposto esquema de tráfico de influência no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal de Contas da União (TCU) com desvio de recursos públicos do Sistema S.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os denunciados desviaram R$ 151 milhões do Sistema S, que inclui instituições como Sesc, Sesi e Senac, bancado em parte com dinheiro público, arrecadado com contribuição compulsória de empresas.

Entre os alvos de mandados de busca e apreensão, além de Zanin, estão o advogado Roberto Teixeira, também acusado de liderar o esquema, e parentes de ministros do STJ e do TCU, entre eles Eduardo Martins, filho do atual presidente do STJ, Humberto Martins.

Zanin e Teixeira já são réus em ação penal aberta sobre esses fatos pelo juiz Marcelo Bretas, da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Juiz Marcelo Bretas
Juiz Marcelo Bretas em evento
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil