Conasems propõe que novo lote da Coronavac seja usado em quem aguarda a 2ª dose
Outro ponto defendido pelo presidente do conselho é o uso de vacinas da Pfizer em mais cidades, que até o momento só estão sendo aplicadas nas capitais
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, defendeu nesta sexta-feira (14), em entrevista à CNN, que o lote de vacinas do segundo contrato do Instituto Butantan com o Ministério da Saúde entregue hoje seja dedicado a pessoas que aguardam a segunda dose do imunizante.
Nesta sexta-feira, após entregar 1,1 milhão de doses da Coronavac, que já é parte do segundo contrato com o Ministério da Saúde, de mais 54 milhões de doses, o Instituto Butantan anunciou que interrompeu a produção do imunizante após atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumo fundamental para produção das vacinas.
Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou na quinta-feira (13) que interromperá por alguns dias, na próxima semana, a produção da vacina contra Covid-19 até a chegada de uma nova remessa de IFA no sábado (22).
Estados e municípios apresentam dificuldade na aplicação das vacinas contra a Covid-19, por causa da falta de doses, e algumas chegaram até mesmo a interromper o processo de imunização. Por conta disso, Freire defende que os novos imunizantes entregues sejam usados nas pessoas que aguardam a segunda dose.
“Onze estados da federação apresentaram paralisação da vacinação e um levantamento mostrou que cerca de 700 mil brasileiros precisam da segunda dose da Coronavac. Estamos realizando diversas reuniões com o Ministério da Saúde e o Conasems propõe usar as entregas de hoje para vacinar as pessoas que estão no aguardo da segunda dose,” disse Freire.
A ideia do presidente do Conasems é que 700 mil das 1 milhão de doses distribuídas nesta sexta-feira (14) sejam entregues diretamente aos 11 estados que interromperam a vacinação.
Pfizer fora das capitais
Outro ponto defendido pelo presidente do Conasems é o uso de vacinas da Pfizer em mais cidades, que até o momento só estão sendo aplicadas nas capitais brasileiras por conta das condições de armazenamento do imunizante.
Wilames disse que algumas cidades grandes e de médio porte têm capacidade de armazenar o imunizante, que deveria ser enviado para essas localidades. “Muitos municípios em torno das capitais já têm condições de receber e armazenar vacina, o problema é ela chegar ao Brasil,” disse o presidente do Conasems.

*(sob supervisão de Elis Franco)