Correspondente Médico: Qual a importância de diagnosticar o Alzheimer no começo?

O neurocirurgião Fernando Gomes explica como diferenciar a doença de lapsos de memória causados por outros motivos

Na edição desta quarta-feira (29) do Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes abordou a doença de Alzheimer. Ele destacou a importância de a doença ser identificada logo no começo e explicou como é feito o diagnóstico e como diferenciá-la de lapsos comuns de memória.

“O Alzheimer é diagnosticado por meio do quadro clínico do paciente, de relatos da família e exames de imagem, como ressonância e tomografia do cérebro. Além disso, existem biomarcadores no liquor, que podem ser retirados da espinha, a partir de uma punção lombar, e diagnóstico pelo exame de sangue.”

O médico explica que o diagnóstico precoce permite iniciar um tratamento para abrandar os sintomas, além de servir como alerta para a família. “A gente sabe que a evolução do Alzheimer é muito sofrida não só para a pessoa, mas para aquelas que a amam e fazem parte da família”, disse.

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De acordo com o especialista, o alcoolismo a longo prazo pode causar o desenvolvimento de uma lesão cerebral grave e levar a uma demência, que pode ter semelhanças com Alzheimer. 

O médico alerta que nem todo lapso de memória significa um sintoma de Alzheimer em desenvolvimento. “Existem diversas outras causas para alteração de memória, desde de falta de vitamina D, por exemplo, a alterações relacionadas ao sono.”

Os sintomas iniciais de Alzheimer incluem perda da capacidade de memorizar, alteração da identificação no espaço físico e, principalmente, mudança no comportamento.

(Edição: Leandro Nomura)

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