Declaração de pandemia reforça que países precisam se organizar, diz médica

Segundo infectologista, a declaração da OMS fará com que os pacientes tenham um melhor atendimento, especialmente os idosos

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar nesta quarta-feira (11) que o mundo vive uma pandemia do novo coronavírus, Ana Freitas Ribeiro, infectologista do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, afirma que o modo como o Ministério da Saúde está enfrentando a doença não deve mudar após a declaração. 
“Os planos para realizar o diagnóstico, isolar os infectados e monitorar seus contatos precisam continuar. (A declaração) da OMS reforça que os países precisam se organizar. Ou seja, as medidas não vão aumentar no sentido da busca, mas vão melhorar para que os pacientes confirmados tenham o melhor atendimento possível, especialmente os idosos e portadores de doenças crônicas, que são os mais afetados pela doença”, afirma. 
Questionada sobre quando procurar ajuda médica por sintomas do COVID-19, a especialista explica que, além das pessoas com febre, desconforto respiratório e que tenham voltado do exterior nos últimos 14 dias, aquelas que têm os sintomas e tiverem tido contato com alguém que testou positivo também deve ir ao médico. 
O Ministério da Saúde está considerando também colocar a definição que envolve casos de pacientes com sintomas independentemente se o indivíduo viajou para fora do país ou se teve contato com alguém que foi diagnosticado com o vírus. Mas a medida só entrará em vigor quando for constatada a transmissão comunitária no Brasil.
 
Os cuidados com a saúde continuam os mesmos. Para prevenir a transmissão, lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir, evite aglomerações se estiver doente, mantenha os ambientes bem ventilados e não compartilhe objetos pessoais.
 
No mundo, de acordo com a OMS, o número de casos confirmados de superou os 118 mil, com 4.292 mortes em 114 países ou territórios.

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