Dia dos Pais na pandemia: vale quebrar o isolamento para ver a família?
Médicos sanitarista e psiquiatra deram dicas de como driblar a saudade sem colocar pais em risco para Covid-19


Celebrado neste domingo (9), o Dia dos Pais não deverá ser marcado por encontros e abraços afetuosos entre filhos isolados longe das famílias, pois essa é uma forma de colocar em risco o grupo mais vulnerável à Covid-19: os idosos.
O médico sanitarista Sergio Zanetta e o psiquiatra Primo Paganini falaram à CNN sobre alternativas para driblar as saudades sem colocar em risco a saúde dos pais.
Zanetta destacou que manter o distanciamento social é prioridade — o que não significa a falta de contato total entre pais e filhos.
“Se você não tem convívio direto com seus pais, eles estão em isolamento e não moram na sua casa, você deve preservar o isolamento deles. Mas encontre formas de fazer o contato, não precisa ser físico. (…) É um grande momento de trocarmos afeto mesmo que fisicamente isso não possa ocorrer”, disse.
Paganini deu algumas sugestões para encurtar a distância entre pais e filhos com o uso da tecnologia, como um almoço ou jantar virtuais. “Temos que usar e abusar das mídias sociais, da internet, da tecnologia, fazer videoconferência ou telefonemas. Esse novo normal infelizmente está exigindo essa distância.”
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Zanetta também lembrou que três em cada quatro mortes por Covid-19 foram de pessoas acima dos 60 anos. “A vulnerabilidade dos nossos pais, mães e avós é muito grande. Protegê-los e proteger a si mesmo para que não haja transmissão é fundamental. Vamos abusar dos contatos afetivos através das mídias [digitais]”, indicou.
(Edição: Marina Motomura)