Empresa italiana anuncia aprovação da Anvisa para teste rápido da Covid-19
Exame da DiaSorin fica pronto em apenas 35 minutos; baixa capacidade de testagem do Brasil é um dos desafios na contenção da Covid-19


O teste Liaison, desenvolvido pela DiaSorin em Gerenzano, cidade da região mais afetada pela Covid-19 na Itália, a Lombardia, tem 98,5% de precisão em seus resultados, segundo a empresa. Ele foi patenteado em 17 de abril deste ano e é permitido nos Estados Unidos desde 25 de abril, segundo dados da empresa.
Em comunicado desta quarta-feira, 03, a companhia de biotecnologia informou que a Anvisa aprovou sua entrada no Brasil em 25 de maio.
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Para detectar a presença do vírus, ele utiliza a técnica de quimioluminescência, vista por exemplo em investigações com o luminol para apontar a presença de sangue, encontrando anticorpos e proteínas do vírus por meio da luz especial em um reagente.
De acordo com o laboratório, os resultados ficam prontos em 35 minutos. O teste mais utilizado hoje no Brasil, o PCR, demora dois dias úteis para ficar pronto.
O baixo número de testagens da população é um dos principais desafios do país para frear a evolução da pandemia do novo coronavírus. O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de casos de contaminação.
Segundo o Ministério da Saúde, em balanço no fim de maio, pouco mais de 423 mil testes de detecção do coronavírus tinham sido realizados. Uma média de 7 mil testes diários desde o início da pandemia no país, em março.
Nos Estados Unidos, em abril, eram feitos cerca de 140 mil testes por dia, de acordo com o vice-presidente Mike Pence. Em maio, como resposta à liderança americana em número de casos e mortes pela doença, esse número saltou para 300 mil, de acordo com informações da Covid Tracking Project.