‘Era assintomática’: médica comenta caso da mulher que teve Covid-19 por 5 meses

Em entrevista para a CNN, a infectologista da UFRJ, Dra. Terezinha Marta, ressalta que a paciente ficou assintomática após duas semanas do primeiro diagnóstico

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), divulgou nesta terça-feira (1º) um estudo que mostra que uma mulher ficou 5 meses com o novo coronavírus, o maior tempo de infecção já documentado. 

Em entrevista à CNN, a infectologista da universidade, Dra. Terezinha Marta, ressalta que a paciente ficou assintomática após duas semanas do primeiro diagnóstico, mas que ainda tinha capacidade de transmissão da doença.

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Terezinha Marta Pinto Castiñeiras
Terezinha Marta Pinto Castiñeiras, infectologista da UFRJ
Foto: CNN (01.set.2020)

“Estamos acompanhando pacientes da doença desde o dia 16 de março em nosso centro de triagem, e essa mulher foi a que ficou mais tempo com o vírus. Ela teve sintomas leves que duraram pouco mais de 3 semanas. Depois disso ficou assintomática, mas sempre com o exame PCR dando positivo,” diz Terezinha.

“Vemos na literatura médica casos relatados de pessoas que ficaram com o vírus por mais tempo, mas sem acompanhamento ininterrupto.”

A infectologista diz que, segundo os estudos da faculdade, 60% dos pacientes analisados permaneceram positivos depois de 15 dias de contágio. Uma parcela de 20% dos pacientes permaneceu com a Covid-19 além de 30 dias. 

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