Fundo russo diz que Anvisa teve motivação política em decisão sobre Sputnik V

Agência brasileira negou importação de vacina russa contra o coronavírus por falta de dados

O Fundo de Investimento Russo afirmou nesta terça-feira (27) que os comentários da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a vacina Sputnik V estão incorretos.

Em uma publicação no Twitter, o fundo alegou que a decisão da agência brasileira em não aprovar a importação do imunizante foi motivada por razões políticas e não tem nada a ver com acesso à informação ou ciência.

A postagem diz, ainda, que o Departamento de Saúde dos Estados Unidos persuadiu o Brasil a rejeitar a vacina Sputnik V contra a Covid-19 e que o povo brasileiro aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Importação negada

A Anvisa negou na segunda-feira (26) a importação da vacina Sputnik V, imunizante russo desenvolvido pelo Instituto Gamaleya contra a Covid-19.

A importação foi rejeitada por 5 votos a 0. Todos os diretores seguiram o voto do relator, o diretor Alex Campos Machado, e das áreas técnicas da agência.

As principais gerências consultadas, a de Medicamentos e Produtos Biológicos, a de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária e a de Inspeção e Fiscalização Sanitária recomendaram aos diretores que rejeitassem o pedido de importação.

Durante sessão da Comissão Externa de enfrentamento à Covid-19 em funcionamento na Câmara, o gerente-geral Gustavo Mendes ressaltou, nesta terça-feira (27), que a decisão da agência foi técnica. “Nosso corpo técnico não está embasado de forma alguma em questões políticas ou questões, internacionais ou outras questões que não sejam a ciência. O nosso foco é ciência. Nossas análises são baseadas nos procedimentos regulatórios internacionais.”

Insumos para a vacina Sputnik
Vacina Sputnik V teve importação para o Brasil negada pela Anvisa
Foto: Divulgação/União Química

 

 

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