Gonzalo Vecina: é justificável ceticismo com relação à vacina da Rússia

"Vacina é um produto que se aplica em pessoas sadias e, portanto, tem que ter segurança”, disse o ex-presidente da Anvisa

O médico sanitarista e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina acredita ser “plenamente justificável” que a comunidade científica internacional veja com ceticismo a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Rússia — a Sputnik V

Com o anúncio feito nesta terça-feira (11) pelo presidente russo Vladimir Putin, essa pode ser a primeira imunização registrada contra a doença no mundo.

“Vacina não é um remédio para doentes. É um produto que se aplica em pessoas sadias e, portanto, tem que ter segurança”, argumenta Vecina.

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Gonzalo Vecina, ex-presidente da Anvisa em entrevista para a CNN (11.ago.2020)
Gonzalo Vecina, ex-presidente da Anvisa em entrevista para a CNN (11.ago.2020)
Foto: CNN Brasil

O médico sanitarista também critica o país por não divulgar dados científicos sobre seus testes. “Esse é o problema da vacina russa: ninguém sabe do que estamos falando. É inaceitável para aprovar uma vacina”, pontua.

Sobre uma possível parceria entre o governo do Paraná e a Rússia para produzir a imunização, o ex-presidente da Avisa considera “totalmente precipitada”.

(Edição de Diego Freire)

 

 

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