Novos hospitais de campanha do RJ não devem ser exclusivos para Covid-19

A responsabilidade pela gestão dos hospitais de campanha já inaugurados (Maracanã e São Gonçalo) é da Fundação Saúde

Um documento da Fundação Saúde, órgão do governo do Rio de Janeiro, considera que não há mais necessidade para que os cinco hospitais de campanha – ainda não inaugurados – sejam abertos apenas para tratar pacientes com coronavírus.

O texto foi encaminhado para Secretaria Estadual de Saúde no dia 19 de junho e sugere que as sete unidades (as duas entregues e as cinco atrasadas) sejam readequadas para “demanda atual da população”. 

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O documento foi revelado pelo blog do jornalista Ruben Berta e confirmado pela CNN. Em seis páginas, a Fundação Saúde considera, em resumo, que o Rio de Janeiro tem leitos suficientes para atender pacientes com Covid-19 em uma nova eventual explosão de casos.

Nesse caso, as unidades de Nova Iguaçu, Casemiro de Abreu, Friburgo, Duque de Caxias e Campos dos Goytacazes não precisariam mais ser exclusivas para pacientes com coronavírus. O texto, inclusive, afirma que no Rio de Janeiro já houve o chamado “achatamento da curva de casos” e ressalta a diminuição da taxa de ocupação dos leitos da rede estadual.

A responsabilidade pela gestão dos hospitais de campanha já inaugurados (Maracanã e São Gonçalo) é da Fundação Saúde desde o dia 03 de junho, após investigações sobre corrupção em contratos de emergência da Secretaria de Saúde do Estado.

Antes, o governo Wilson Witzel havia contratado a organização social Labas para montar e gerir as unidades. Pelo contrato final, seriam pagos 770 milhões pelas obras. Até o rompimento do trato, o governo do Rio repassou mais de R$ 256 milhões a empresa. 

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que o estudo de equipe técnica não é um parecer definitivo. “O documento é uma avaliação preliminar da viabilidade ou não de construção dos hospitais de campanha. A SES informa que uma decisão definitiva sobre o tema ainda será tomada”, diz a nota

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