Pesquisadores brasileiros criam banco de dados genéticos de idosos
Análise do DNA permitirá a identificação de mutações genéticas responsáveis por doenças que surgem, principalmente, na velhice, como Alzheimer e Parkinson
Cientistas brasileiros criaram um banco de dados com informações genéticas de 1.171 idosos — o maior da América Latina. O objetivo é permitir a identificação de mutações genéticas responsáveis por doenças que surgem, principalmente, na velhice, como Alzheimer e Parkinson. A partir dessas informações, os pesquisadores pretendem encontrar também soluções para evitar e tratar as doenças.
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (22), a geneticista Mayana Zatz, explicou que o banco de dados do país é importante porque os repositórios de informações genéticas disponíveis são baseados em populações europeis.
Assista e leia também:
Estudo pode levar ao uso de vacina da dengue contra Covid-19, diz pesquisador
Pesquisa brasileira investiga relação entre Covid-19 e falta de vitamina D

“A partir desse estudo nós podemos estimar qual a incidência de várias doenças na nossa população”, explicou. Isso porque a população brasileira é muito miscigenada. “Então, algumas doenças que são comuns na população europeia são mais raras na nossa população”, afirmou.
Além disso, explicou, a partir deste mapeamento, é possível dizer quais são os genes que aumentam o risco para ter tal tipo de doença. “E, no momento que você sabe quais são os genes, o próximo passo é saber o que fazem de errado e tentar corrigir”, disse.