Pesquisadores brasileiros criam banco de dados genéticos de idosos

Análise do DNA permitirá a identificação de mutações genéticas responsáveis por doenças que surgem, principalmente, na velhice, como Alzheimer e Parkinson

Cientistas brasileiros criaram um banco de dados com informações genéticas de 1.171 idosos — o maior da América Latina. O objetivo é permitir a identificação de mutações genéticas responsáveis por doenças que surgem, principalmente, na velhice, como Alzheimer e Parkinson. A partir dessas informações, os pesquisadores pretendem encontrar também soluções para evitar e tratar as doenças.

Em entrevista à  CNN nesta terça-feira (22), a geneticista Mayana Zatz, explicou que o banco de dados do país é importante porque os repositórios de informações genéticas disponíveis são baseados em populações europeis. 

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A geneticista Mayana Zatz
A geneticista Mayana Zatz
Foto: CNN (22.set.2020)

“A partir desse estudo nós podemos estimar qual a incidência de várias doenças na nossa população”, explicou. Isso porque a população brasileira é muito miscigenada. “Então, algumas doenças que são comuns na população europeia são mais raras na nossa população”, afirmou.

Além disso, explicou, a partir deste mapeamento, é possível dizer quais são os genes que aumentam o risco para ter tal tipo de doença. “E, no momento que você sabe quais são os genes, o próximo passo é saber o que fazem de errado e tentar corrigir”, disse.

 

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