RJ negocia reserva de leitos para Covid-19 em hospitais privados se SUS lotar

Rede pública do estado tem ocupação de 63% dos leitos de UTI para pacientes de Covid-19

 O governo do Rio de Janeiro começou as tratativas para reservar leitos de hospitais privados caso as vagas no SUS fiquem próximas a ocupação máxima mais uma vez.

O Hospital da Ordem do Carmo é o primeiro da lista de prioridades nas conversas. A unidade carmelita fica no centro da capital fluminense, que já bateu 88% de ocupação.

“Depende da demanda. Eu posso ter 10, 20 ou 50 leitos”, disse à CNN o secretário estadual de saúde, Carlos Chaves. Ele ressaltou que a situação por enquanto está controlada no estado.

No informe interno da manhã desta terça-feira (2), a Secretaria de Saúde não tinha nenhuma pessoa na fila por um leito específico para Covid-19. Seis pacientes foram transferidos na noite do dia anterior e durante a madrugada para hospitais do estado.

Hospital da Ordem do Carmo no Rio de Janeiro
Hospital da Ordem do Carmo no Rio de Janeiro
Foto: Divulgação

A rede pública hospitalar do Rio de Janeiro têm 63% de lotação nas UTIs destinadas a pacientes com Covid-19. Nos leitos de enfermaria a ocupação é mais baixa, 42%. “Não temos mais ninguém na fila, esse é um bom sinal. Está tudo bem controlado”, disse Chaves.

Nove cidades do estado têm ocupação acima de 90%. Sete delas têm lotação máxima. A visão da pasta é de que a situação em cidades vizinhas permite eventuais transferências caso isso seja necessário.

Mesmo depois de o nível hospitalar ter subido nas semanas seguintes ao Carnaval, o secretário não vê chances de voltar a ter que lidar com mortes na fila por um leito. “Monitoramos [essa questão] diuturnamente e desta forma nenhum cidadão ficará sem assistência”, diz. A pasta tem apostado na regulação única dos leitos como estratégia pra não afogar o sistema.

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