Rússia oferece medicamento contra Covid-19 para Brasil e outros 16 países
Testes mostram recuperação 30% mais rápida de pacientes que fizeram uso do Avifavir, além de restauração duas vezes mais rápida do nível de saturação
O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e o Grupo Chemrar da Rússia anunciaram nesta quinta-feira (24) que chegaram a um acordo para oferecer o Avifavir, usado no tratamento contra o novo coronavírus, para o Brasil e outros 16 países.
O órgão afirma que a droga, feita à base de favipiravir, foi aprovada em 29 de maio pelo Ministério de Saúde da Rússia para o tratamento de pacientes com Covid-19.
Segundo o RDIF, fazem parte da lista de países que poderão receber o medicamento África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, Bulgária, Chile, Colômbia, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Equador, Honduras, Kuwait, Panamá, Paraguai, Sérvia e Uruguai.
Além destes, o Avifavir já foi disponibilizado à Bielorússia, Bolívia, Cazaquistão, Quirguistão, Turcomenistão e Uzbequistão. O Fundo informou que a Bolívia foi o primeiro país da América Latina a receber o medicamento, com a entrega de 150 mil pacotes em 21 de setembro.
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O órgão russo destacou um estudo realizado pelo grupo japonês Fujifilm que corrobora a eficácia de medicamentos à base de faviparitr contra o novo coronavírus.
Na quarta-feira (23), a Fujifilm anunciou que o Avigan, também à base de favipiravir, reduziu os tempos de recuperação para pacientes com sintomas do novo coronavírus em até três dias, em comparação com aqueles que não fizeram uso do medicamento.
Na Rússia, os testes com o Avifavir mostram recuperação 30% mais rápida de pacientes que fizeram uso do medicamento, além de restauração duas vezes mais rápida do nível de saturação de oxigênio no corpo, segundo o comunicado do RDIF.
Para ser usado no Brasil, no entanto, o Avifavir precisa ter a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Procurada pela CNN, a agência informou que o medicamento não tem registro no país e, portanto, não pode ter indicação para o tratamento do novo coronavírus. A Anvisa também não informou se o medicamento está em análise.