Vacinação em massa pode evitar surgimento de novas variantes, diz virologista
Desenvolvimento de uma vacina comprovadamente eficaz contra as novas variantes do coronavírus deve demorar de seis a nove meses


O desenvolvimento de uma vacina comprovadamente eficaz contra as novas variantes do coronavírus deve demorar de seis a nove meses. É o que diz a farmacêutica AstraZeneca, que desenvolveu o imunizante em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Até o momento, um estudo preliminar mostrou eficácia contra a variante do Reino Unido, mas os resultados contra a cepa proveniente da África do Sul ainda não foram satisfatórios.
O virologista e professor da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul, Fernando Spilki, afirmou, em entrevista à CNN, que os estudos ainda precisam ser aprofundados para termos certeza sobre seus resultados.
“Diversas dessas novas variantes que estão se consolidando têm algumas mutações na proteína Spike que convergem e podem até causar algum problema de forma completa ou parcial em relação à eficácia das vacinas. [Mas] Isso precisa ser estudado de maneira aprofundada”, disse.
“Nós não podemos, nesse momento, sermos exasperados no sentido de dizer que as vacinas disponíveis não devem ser tomadas ou que não devemos confiar nelas. Muito pelo contrário, a vacinação em massa é fundamental e quanto mais breve possível [acontecer], justamente vai evitar a geração dessas novas variantes.”
“Por enquanto, os dados preliminares também demonstram que há possibilidade de proteção. Então, o recado é de que precisamos, sim, de vacinação, e devemos continuar confiando nesses imunizantes.”
O especialista também falou que os estudiosos não devem ser cautelosos e deixar de desenvolver atualizações de vacinas contra a Covid-19, para caso tenhamos “problemas mais para frente”.
(Publicado por Leonardo Lellis)