Musk rebate Nasa sobre impacto de asteroide: ‘Precisamos de foguetes maiores’

Simulação da Nasa e da ESA apontou que seria impossível evitar impacto de asteroide na Terra; Musk discorda da conclusão

O empresário mais famoso e polêmico do ramo da tecnologia, Elon Musk, respondeu através de sua conta no Twitter os resultados de uma simulação recente da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA), que concluiu ser impossível evitar o impacto de um grande asteroide com a Terra usando a tecnologia disponível atualmente.

 

Na simulação, foi criado um asteroide fictício de tamanho entre 35 e 500 metros, inicialmente a mais de 56 milhões quilômetros da Terra, mas que estaria se aproximando da órbita terrestre. Segundo as previsões do estudo, ele atingiria o planeta em cerca de seis meses após a sua descoberta, e seu impacto seria semelhante ao de uma bomba atômica. A conclusão da pesquisa afirma que seria impossível atravessar o espaço e chegar ao asteroide em tempo hábil para parar seu avanço.

Em sua publicação, o CEO da SpaceX e da Tesla, sugere que o problema poderia ser solucionado através de foguetes maiores com tecnologias mais avançadas. Entretanto, essa solução já havia sido aventada pela Nasa e pela ESA, que afirmaram ser possível tentar explodir o asteroide enviando um foguete munido de bombas nucleares – a conclusão sobre ela foi de que, devido às proporções do aerólito, ele poderia se fragmentar e pedaços cairíam sobre a Terra, atingindo diferentes locais e causando muitos problemas.

Musk não deu maiores detalhes sobre as tecnologias necessárias para a missão sugerida.

Simulação e resultados

A Nasa e a Agência Espacial Europeia fazem simulações esporádicas sobre possibilidades de impactos espaciais na Terra, como forma de se preparar para uma emergência real. Desta vez, escolheram estudar como seria a colisão entre a Terra e um Asteroide de grandes proporções.

Região que seria atingida pelo asteroide
Região que seria atingida pelo asteroide fictício segundo simulação
Foto: Nasa/ESA

Analisando a trajetória que seria feita pelo aerólito e suas dimensões, o impacto seria capaz de dizimar regiões da Europa. Devido aos resultados obtidos, as agências chegaram à conclusão de que a solução mais segura para mitigar o desastre seria evacuar as regiões previstas para destruição assim que identificada a possibilidade.

[quote width_screen=”” author=”Lindley Johnson, do escritório de defesa da Nasa” quote=”Esses exercícios ajudam membros da comunidade internacional de defesa da Terra a se comunicarem entre si e com seus governos para assegurar que estaríamos todos coordenados, no caso de uma ameaça de impacto seja identificada no futuro.”][/quote]

 

No cenário fictício, a região atingida seria entre a Europa e o norte da África. Com a aproximação do asteroide, seria possível precisar melhor a região afetada, que seria entre a Alemanha, a República Checa e a Áustria.

Níveis de destruição
Níveis de destruição apontados na região onde seria prevista a queda do asteroide
Foto: Nasa

*sob supervisão

*com informações de Tamires Vitorio, da CNN

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